domingo, 27 de abril de 2008

Destruindo mitos!

Protesto! Por que os professores de história têm que ser sempre tão brutos no ato de passar sua sabedoria para nós? Ainda ontem descobri que na Guerra do Paraguai o Brasil não atuou como um Godzilla destruindo a promissora economia paraguaia. Na verdade, a economia do Paraguai não era tão diferente da atual, ou seja, nada de mais. Pensei errado durante anos, aprendi assim. Zapt! Não existe.
Tudo bem, a História, assim como qualquer ciência, modifica-se com o tempo: novas descobertas são feitas e os documentos que dão origem aos livros vão sendo atualizados. Mas que não é fácil destruir aqueles famosos mitos que a professora da terceira série colocou nas nossas cabeças, ah, isso não é não!
Eu lembro como se fosse ontem: “Pessoal, presta atenção! O verde é por causa das grandes florestas, o amarelo é por causa do ouro, o azul é por causa dos rios e mares e o branco é pela paz.” . Era uma ideologia tão bonita não? Sinto muito.



A bandeira do Brasil foi criada em 1889 por um decreto de Benjamin Constant. A antiga bandeira era muito parecida com a americana, o país se chamava Estados Unidos do Brasil. Precisávamos de uma bandeira nossa! Ela foi criada por Raimundo Teixeira Mendes com a ajuda de dois astrônomos. Até aqui tudo bem.
O verde faz referência à casa real de Bragança e o amarelo à casa real dos Habsburg. Bragança era a casa de D. Pedro I e Habsburg a de Leopoldina, sua esposa. A parte azul corresponde a uma imagem da esfera celeste, inclinada segundo a latitude da cidade do Rio de Janeiro do dia 15 de novembro de 1889. Pasmo? Não acabou.
As estrelas estão dividas em sete constelações e cada estrela representa um estado (a que está na parte de cima corresponde ao Pará e não ao Distrito Federal como sempre pensei). O lema “Ordem e Progresso” é do filósofo Positivista francês Augusto Comte.
Vivendo e aprendendo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Isabella

Brutal. Se fosse pra definir em uma palavra, a palavra seria essa. Suas variações também são bastante válidas: violento, selvagem, grosseiro. E mesmo assim não seria o suficiente. Não conseguiríamos apenas com isso qualificar o crime horroroso que assolou o país nas últimas semanas.
Isabela caiu do sexto andar, junto com ela caiu também a população brasileira. Ficamos todos estarrecidos. Entre amigos, colegas, trabalhadores, professores, ministros e estagiários, temos conversado sobre isso há dias. Em botecos e escolas não se fala em outra coisa. A pergunta é sempre a mesma: por quê?
Por que “pais”, ou pelo menos, adultos em sã consciência jogariam sua filha pela janela de um apartamento? Por que maltratar uma criança (uma criança!) sem culpa? Pra responder, cada um tem um palpite, uma opinião. Alguns falam em ciúmes, outros em premeditação. Há também o que apostam no ódio.
É certo que Isabella hoje está em um lugar muito mais pacífico do que esse planeta azulzinho. Mas aqui, na experiência terrena, os ainda vivos pedem mais do que uma explicação, pedem justiça.
Não agüentamos mais essa violência, esse cárcere privado em que não sabemos mais quem é o preso e quem é o livre dessa história. Ano a ano, crimes brutais vão manchando de sangue a história do nosso país. Junto com a mídia, o povo esquece e lembra cada crime bárbaro de nosso país. Mais esquece do que lembra, fato. Mas do esquecimento, uma coisa fica (e acumula): o medo.
Hoje em dia, ou você já foi assaltado, ou você conhece alguém que foi. Se não conhecia, prazer, meu nome é Daniel Nekatschalow Bonfim, já fui assaltado duas vezes em duas cidades diferentes!
Não seria a hora de dizer basta a tudo isso? Mas que vozes temos? Na política, não temos. Na mídia, enquanto conveniente (para eles). Nas cidades, e olhe lá. Recorremos aos artistas, que tem voz, e cantam. Ivete Sangalo e Zezé de Camargo e Luciano subiram aos palcos em prol da paz. Mas será que conseguiríamos fazer um palco que fosse tão grande pra caber todos nós? Idéias, devaneios.
Em hebreu, Isabella quer dizer "consagrada a Deus". Eu, “pseudoateu”, mesmo assim, espero que sim.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Mudaram As Estações

É engraçado imaginar que vai chegar um tempo em nossas vidas em que teremos que deixar os nossos atos impensados por conta de melhores pensamentos que nos façam fazer a coisa certa. Não tem graça perceber que esse tempo chegou. Posso estar colocando a carroça na frente dos bois, mas talvez estejamos em um não querido processo de transformação.
Justo nós que um dia rimos do mundo a nossa volta e apontamos os homens de gravata como tolos e abitolados? Justo nós que acreditávamos na eterna infância? Rendemo-nos. Basta olhar nos olhos do amigo pra ver todo aquele sonho desmoronando. Aquela cumplicidade quase infantil que tínhamos há dois minutos nunca existiu. O que existiu foi a necessidade de esconder as responsabilidades atrás dos amigos, colocá-los a frente de tudo o que há de mais sagrado. Hoje, nos juntamos a todos os outros. Não conseguimos mais ver os problemas com aquele costumeiro sorriso de sempre. Sorrisos não vão pagar nossas contas.
Sinto que estamos gravemente e gradativamente caindo num abismo de 100 anos de perdão. Cada vez mais, vamos ter que aprender a perdoar a ausência um do outro. Nos batismos, nas primeiras comunhões, nas formaturas, nos casamentos, nas reuniões de pais e filhos e por fim, nos velórios!
Em uma noite escura e azul, numa rua qualquer, de uma cidade qualquer, eu ouvi de uma amiga: “toda relação, uma hora ou outra, enfraquece”. Talvez tenha chego a nossa vez. Adiar o eminente parece só machucar ainda mais nossos corações.
Vamos fingir que nada está acontecendo? Vamos deixar pra nos encontrar qualquer dia desses e dizer tudo... ou nada? Não me importa. Se aquela antiga cumplicidade que tivemos durar apenas 3 segundos nos nossos corações, terá valido a pena!

domingo, 20 de abril de 2008

Escrever

"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias." (Pablo Neruda)

Escrito em 10 de fevereiro de 2004

Se você vier me perguntar por que te amo eu irei jurar que não sei. O amor que sinto por você é um amor sem razão, um amor sem começo nem fim, apenas o constante saber de que te amo. Que te amo mais do que tudo, que a cada vez que nossas peles se encostam eu sinto um arrepio que sobe dos meus pés até a minha boca, o qual me faz sustentar a vontade de beijar o seu sorriso. Que todas as vezes que nossos olhares se encontram sinto uma chama se acender dentro do meu peito, a qual queima a minha vontade intensa de te levar aos céus e te amar sem ninguém para criticar o que fazemos. Que todas as vezes que converso com você, nem que seja apenas duas palavras, sinto uma felicidade inexplicável. A mesma felicidade que vejo nos seus olhos, na sua boca e na vontade intensa de beijá-la prontamente. Se tudo isso não explicar porque eu te amo, apenas direi: foi o que o meu coração que mandou te dizer assim!

sábado, 19 de abril de 2008

Persistentes Impertinentes

Não me importuna!
Que saco, meu!
Chega disso, daquilo
e daquele outro também

Queria que eles parassem um segundo
de mostrar babaquices
coisas que já sabemos
coisas que não sabemos

Chega dessa poetização da vida, seu povo!
Seu sim!
Tudo aí é seu sim!
Nada é meu, no mínimo é nosso.
Deveria.

Vamos mostrar? Vamos!
Legados, mazelas, podridão talvez.
Mas vamos!
Logo ali, logo aqui.

Aqui! onde é pobre!
Aqui! onde não come!
Aqui, às vezes,
se morre!

E se morde, e se contrai.

Por piedade,
FILMA EU AQUI!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Amadurecer




Encarando tudo que tem acontecido e levando em conta todos os pêlos que já aconteceram e acontecem, o que vejo é uma pele menos verde. Tenho aprendido a diferenciar as coisas. Hoje, eu sei que dormir com a consciência limpa e leve é uma das maiores dádivas da vida.
Não quero mais beleza. Quero inteligência. Beleza é bonita mas é efêmera. Não quero mais fazer nada "debonito". Queria ser um idoso de histórias chinesas/indianas/japonesas com um livro de 14 ensinamentos sobre a vida que você nunca deve esquecer. Use filtro solar. Escove os dentes 4 vezes ao dia. Nunca deixe de sonhar. Rir é o melhor remédio. Viva como um cachorro, eles sabem o que fazem. Siga sempre o rio das pedras encantadas. Sei lá!
Às vezes invento que vou começar a meditar, sabe? Porque é bom, pelo menos dizem que é bom. Alguém conhece alguém que medita? É que só conheço gente que me dita. Maldição.
Evite palavrões.
POXA!
Sabe? Nem sei. Vou esperar os resultados, as respostas sempre estão lá, nos resultados. Ou pelo menos assim espero!
Na verdade, quero ser sempre uma maça verde! Claro! A maça verde é sempre verde! Sério! E além do mais é deliciosa!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Gênesis (não) efêmero .

Entrelaçava.
Sempre, entrelaçava.
Dai eu me confundia.
Não dava certo.
Virava un angu.
E disso ia pra coisa até pior.
Frustrações...
Sempre!

Modifiquei,
sem medo.
Disse que ia fazer:
Fiz.
E está tudo aqui.
Partes que sempre existiram.
Na totalidade, tudo aqui!
Deleite-se.
Sem achocolatado.