sábado, 6 de junho de 2015

O Plano Cartesiano

Eu sigo o plano cartesiano.
Sigo por que já não me importa mais o resultado de x mais y.
Raspas e restos, esses sim me interessam.
Eu já sei o resultado de x mais y: Mamma Mia!

Z é que me interessa.
Z é interseção.
Z é o encontro de três linhas, não só de duas.
Nós dois já sabemos que x e y nunca mais vão se encontrar.
Z é a possibilidade.
Z é para mim a percepção de que as coisas não estão certas.
O encontro de três linhas imaginárias na minha imaginação que me fez rever a percepção do meu amor por você.
Te amo, inegavelmente.
Mas quero te amar direito.
Com uma só palavra: dizer a coisa certa.
Quero com um só olhar: saber.
Com uma só lágrima: parar.
Com um só sorriso: modificar.
Com um só beijo: acender.
Mas tudo isso já aconteceu, é passado?
A linha Z entra aqui.
Não sabiamos o quanto podiamos nos machucar.
Parecia que tudo era pra sempre.
Não quero mais "felizes para sempre" na minha vida.
Quero agora's.
Z é o tentar tentar de novo.
Eu sigo um plano cartesiano.
Sem saber em que resultado vai dar essa equação.
Essa equação que erramos uma vez.
Apaguemos com borracha de engenheiro: veloz e objetiva.
Ou com borracha de designer: precisa e delicada.
Enfim, apaguemos.
Vamos tentar de novo aplicando os pontos no plano cartesiano
Pelo menos tentar achar o resultado correto.
O ponto P é suportável
Porém não vou conseguir enquanto existirem as retas r, s e t.
Depois de tudo o que você me ensinou aprendi a ser mais forte.
Estou fazendo de tudo pra me manter em pé.
Sou um y aberto. Você é um x enigmático.
Somos os dois incógnitas e Z é uma nova chance.
Resultado?
Já não me interessa se vai dar mais ou menos.
Me interessa é que seguremos os lápis com força.
Se estivermos seguros de nossas possibilidades.
Aí haverá liberdade.
Vamos fazer esse cálculo juntos?



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Excessos

Estou tentando me privar da vontade louca que tenho de chorar.

Sim, meus sorrisos são sinceros! Não me entenda mal, há felicidade em mim.
Mas há uma tristeza também, que bate lá do fundo e que independe de mim.
Vem de vez em quando... com ou sem porquê... simplesmente vem.
Tento controla-la, mas estou chegando no limite.
Não adianta negar que não estou pensando em você.
De forma diferente: não te quero mais.
Isso é dor que alivia.
É frustração que acalma.
Mas por mais que adjetive, ainda assim, tudo o que sobra é dor e frustração.
^^
Queria dizer que foi muito bom te conhecer.
Mas agora eu me pergunto se ainda te conheço...
Quero te conhecer de novo, para quem sabe te querer de volta.


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Burn it, burn!



Eu confio nas pessoas. No sentimento delas. Preciso disso pra confiar em meus próprios sentimentos. Apaixono-me definitivamente todos os dias. O que ontem pode ter sido o amor da minha vida, hoje pode ser apenas uma esperança e amanhã absolutamente nada, ou tudo.  Não sei seguir em frente sem resolver uma situação anterior. Sou um ser intenso, quem já me viu bem de perto sabe disso. Fico alegre e triste com extrema intensidade, e é tanto que eu nem sei como é estar à deriva. Ah, se eu fosse marinheiro! E o que é passado é passado e tudo muda. Às vezes demoramos em nos libertar de certos sentimentos e as pessoas não entendem isso. Nem todos serão sincero comigo o tempo todo. Mas um dia todos serão. Às vezes, para deixarmos alguém para trás, precisamos ser obsessivos. E somos. E corremos todos os riscos. Já fiz de todo o mal, mas no fim só eu saberei se este foi o tão famoso mal necessário. Se foi esse mal necessário, então o relacionamento transcende a barreira entre qualquer sentimento anterior ao amor sublime. São poucos os que conseguem realmente entender uns aos outros. E são mais poucos os que conseguem entender a si mesmos. Hoje, me sinto uma pessoa completa. Resolvi o mal que fiz a todos a minha volta e estou seguindo em frente.  Dessa vez  com um novo coração em chamas. Este coração em chamas que ensina e aprende tantas coisas. E que tudo o que quer, é continuar em chamas. Seja como for, não importa como for.

 



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Todas as coisas que eu sempre quis...




Antes de tudo isso aqui eu queria ser cantor, popstar. Quando percebi, aos 9, que minha carreira não ia nada bem contei pra todo mundo que ia ser ginasta. Ia ganhar cada vez mais medalhas e depois iam me chamar para uma seleção qualquer na Europa e eu seria feliz assim. Aos 13 reclamei das minhas costas que doiam demais e desisti da idéia de ser ginasta (já com algumas medalhas no peito, veja só) por um sonho maior: ser produtor de videoclipes. Não! Ser fotográfo. E de repende, não mais que de repente, tudo ficou extremamente claro pra mim. Com 15 anos eu havia percebido que tinha nascido para interpretar: ia ser ator e não se falava mais nisso. Fiz planos de estar em uma novela global em no máximo, no máximo 2 anos. Depois de gravar um comercial de televisão ("10, 10, 10, 10 pastéis!", meu primeiro emprego) percebi como o mundo da televisão era hipócrita e resolvi ser modelo, mas o mundo dos modelos era tão hipócrita quanto. Dos 16 aos 17 deixei a água bater na bunda pra ver se eu aprendia a nadar. Voltei pra ginástica olímpica mas não dava mais tempo de brilhar. Na hora de fazer a inscrição do vestibular oscilei entre Administração, Turismo e Jornalismo. Decidi fazer História ao mesmo tempo que levei um soco do meu pai e fiz Turismo. Passei em Turismo, argh! Não quero mais. Abriu o curso de Bacharelado em Design na UTFPR. Daí eu decidi que queria muito e que era tudo o que eu sempre quis fazer na vida. Não passei, não passei, não passei, passei! Passei! Não acredito, passei!

Fato: é tudo o que eu sempre quis.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mundo Insone


Seja pelo trabalho ou pelo estudo muitas pessoas estão diminuindo a sua dose diária de cama. Imersas num cotidiano cada vez mais agitado a maioria das pessoas não tem mais conseguido programar seus despertadores para, de fato, dormir. Porém, o sono tem total importância no funcionamento do nosso corpo e de nossa mente, sendo imprescindível para que tenhamos um melhor rendimento em nossos afazeres sejam eles quais forem.
Uma pessoa entre 17 e 50 anos precisa de pelo menos 7 horas ininterruptas de sono diariamente para recuperar suas energias. O não cumprimento dessa regra da fisiologia humana pode causar uma série de problemas como estresse, envelhecimento precoce, enfraquecimento do sistema imunológico, mudança abrupta de humor e desatenção.
As sonecas não são ideais mas também são bastante válidas como “recarregadores” de energia imediatos. Algumas empresas, como a IBM, estão inclusive disponibilizando salas especiais com pufes e sofás para que seus funcionários possam tirar uma soneca depois do almoço. A sesta tem funcionado: a produtividade dos funcionários, e conseqüentemente da empresa, aumentou.
Muitos são os fatores que interferem na hora de “pegar no sono”, como ruídos e luminosidade. Por isso algumas informações são válidas para pessoas que tem dificuldade de dormir: não comer exageradamente a noite, evitar café e refrigerantes antes de dormir, ter um colchão confortável além de manter o local bem escuro e silencioso.
E o mais importante: apesar de estar cada vez mais difícil se desvincilhar de trabalhos jamais leve-os para a cama com você. Isso dificulta o desligamento e interfere na qualidade da noite de sono. Durma bem.


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Basket Case Questions

Por que que quando eu chego a conclusão que mesmo estando tudo errado essa é a melhor forma de estar tudo certo você vêm e muda tudo?
Por que os dias parecem melhores agora mesmo sendo os piores possíveis?
O que é que estou dizendo?
A vida é bela mesmo suja de tinta?
Os universos paralelos se encontram e se apaixonam todos os dias ou só eu que me apaixono constantamente pra não me dar mais valor?
A verdade foi dita e eu fui o único que estava ouvindo música bem nessa hora?
Outras línguas são realmente interessantes mesmo quando a beleza é traduzida pra hostilidade?
Quem sou eu?
Do you have the time to listen to me whine about nothing and everything all at once?


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Quando o Segundo Sol Chegar




As músicas às vezes tem o poder de dizer simplesmente tudo o que queremos dizer mas não tivemos a capacidade de transpor em palavras. Santos compositores! Poetas decompositores de nossos maiores anseios. Tão magnificos que conseguem pôr em melodia nada mais nada menos que sentimentos. E de repente "eu fui lá fora e vi dois sóis num dia e a vida que ardia sem explicação" tem um significado tão óbvio que me recuso a acreditar que Nando Reis não escreveu todas as suas músicas pra mim. Não é prepotência, ele escreveu só pra mim assim como escreveu só pra um bocado de gente também. Somos todos gratos, fato.

"O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou"

Estou completamente polarizado. E paralizado!


terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mãos atadas, pés descalsos...

Gostaria de pedir uma música mas não sei muito bem como explicar.Nada é tão simples quanto parece quando envolve “cardialidade”. Fico cordial e de verdade chato. O coração que é logo ali do lado do pulmão. Fico sem ar. Não sei o que respirar. Não sei se oxigênio, não sei se veneno. Fico anatômico, anatomista, minimalista. Arrepios na coluna e mais.
Simplesmente toque a balada do amor inabalável. Ou não, fique aqui mais um pouco. Mas não sei de quem estou falando. Estou falando de quem quero falar, mas me sinto sufocado. Como se tivesse censura em minha voz. Censura de mim pra mim mesmo.
Ouço uma canção ao longe. E ela me diz coisas novas e foi bom te conhecer.
Foi muito ruim te conhecer.
Melhor um na mão do que dois voando. Mas agora sou eu quem quer voar.

domingo, 20 de julho de 2008

Tell me more!




Às vezes sinto como se estivesse lhe perdendo aos poucos, e perdendo assim uma parte de mim que já está em você. Sinto-me perdido, portanto. Quando você se perde de mim, eu não gosto. É como se eu deixasse de ser eu mesmo se você não demonstra mais que está por perto. Sinto que não gosto de mim mais que gosto de você e essa sensação é horrível. Quero matar essa parte que tem de mim em mim pra que sobre só você. É de você que eu quero que o meu coração se preencha quando esse frio que abala o nosso amor chega.
Nosso amor antes inabalável hoje parece uma corda de violão que toca rock. Alcançamos as nuvens por tanto tempo, mas então podaram nossas asas pra que nos lembrássemos de que nada pode ser tão perfeito assim. Será que era (tão perfeito assim)? Os dizeres “eu te amo” tomaram conta das nossas bocas e gastamos o poder de falá-lo como se este fosse infinito. Mas realmente era. É.
Mas o que está acontecendo? Sei tudo sobre o assunto mas não sei explicar, entende? Talvez eu tenha feito um só de nós dois muito rápido e a transição não tenha ficado completa. Apesar de que não acredito que esse é um processo que pode ser medido em tempo. É medido em escala maior, é medido em sentimento. E esse sentimento sim, foi arrebatador, nos vimos caídos no campo de batalha antes de começar a guerra que estávamos esperando.
E o que está acontecendo então? O que se passa na cabeça de duas pessoas para que sem motivo aparente elas passem a acreditar que o que é perfeito é perfeito demais e já não pode ser descrito assim. Talvez desconfiança.
Isso, desconfiança. Não como parceiros, isso, por mais que tenha acontecido, jamais seria forte o suficiente para derrubar toda a edificação. Esse tipo de desconfiança, no sentido de ciúmes, apenas desgastou um pouco o material que usamos.
Não! Falo da desconfiança do:
“é bom demais pra ser verdade”,
“será que não podemos ser um casal normal e brigar de vez em quando?”,
“será que estamos tentando ser um maior do que outro nessa relação?”.
Então a cotação do “eu te amo” caiu ferozmente. Ficou cada vez mais caro dizer essas três palavras no dia-a-dia. Depois no mês. Depois só lembrávamos falar em datas comemorativas e despedidas, ou nem isso.
Foi quando reparamos que as palavras têm poder. E que se não disséssemos as coisas enormes que sentimos um pelo outro, então essas coisas começavam aos poucos a deixar de existir. Passaram a existir ruínas do que um dia foi tão belo e tão grande que quase não precisava de explicação. Só se explicava assim: “amor”.


sábado, 14 de junho de 2008

Estúpida Insônia Solitária




Estou com medo de ir para a cama hoje. Estou evitando ao máximo. Não são mais os mesmos monstros que nos assustam quando somos apenas crianças. Mas ainda assim: são monstros!
Os montros psicológicos que, aí sim, usam da mesma arma que quando somos crianças para nos apavorar: nossa própria insegurança.
Deito na cama e percebo que estou sozinho. Daí eu fico mais sozinho do que nunca. Solidão é fogo que não arde mas se sente. Se ardesse até seria bom, mas não. Solidão é angústia e esse é sempre um dos piores sentimentos pra uma pessoa sentir num dia de vida. Na morte é bom, não tem nada pra fazer mesmo.
Em movimento harmônico simples minha insegurança oscila: "consiguirei dormir?". Tenho pavor de não dormir. Imagino-me vivendo o outro dia: cansado demais pra aproveitar as horas que eu tenho que ficar acordado.
Tecnicas para dormir, como contar carneirinhos por exemplo, foram inventadas por pessoas que estavam tendo insônia (das piores) e, portanto, nunca funcionaram e nunca funcionarão. Vamos deixar claro.
Você fica ali, tendo aquele fluxo de consciência eterno que por vezes faz o tempo passar horas, por vezes segundos. A gente é tão facilmente enganado pelo tempo que às vezes penso que ele é o maior político que já existiu.
E você ali, tentando dormir. E você nunca vai dormir. Um fluxo de consciência passa pela sua cabeça e as informações vem e vão até não terem mais nexo.
Você acorda no outro dia e percebe que insônia é uma das coisas mais estúpidas do mundo!