sábado, 24 de maio de 2008

Das Metamorfoses Impossíveis




Cá estou, cursando cursinhos que não me pertencem com uma vontade louca de gritar "se arrependimento matasse" até morrer. Morrer de desgosto ao perceber que o futuro é só uma questão de tempo. E que esse tempo passa num relógio que leva bastante a sério essa coisa que descobriram de que o tempo é relativo e blá blá blá [bullshit] ...
Daqui a algumas horas, dias, meses ou anos, provavelmente, o que você tanto espera chega. No meu caso, faz questão de estar apenas por perto, mas nunca perto o suficiente para que eu possa encostar [me lambuzar].
Um pouco cansado de saber que poderia ter feito tudo de uma forma que teria dado certo...De "primeirinha"! Não estou dizendo que não acredito em um mundo melhor sem cáries. Tem essa coisa humana em mim de não saber o que querer e estar sempre querendo algo mais, algo que não me pertence, sonhar.
Ser humano é tão chato. Queria ser uma libélula voadora do sertão da áfrica subsaariana, e realmente não me interessa mais se elas existem ou não! Talvez uma nuvem, que demora para se encher, mas quando finalmente chega naquele ponto "G" em que as nuvem costumam chegar, estoura, e lava, e recolhe para dentro das entranhas do planeta muito mais do que mil e uma lágrimas! Ou uma nota de um real. Imagina que interessante: passar de mão em mão. No estado em que eu me encontro, era tudo o que mais queria!
Queria fugir! Não posso! Sou essa coisa sem graça, essa coisa que é pele, osso e (às vezes) alma chamada ser-humano. Por isso todos os dias as 7:00 da manhã eu acordo e penso, porque a gente complicou tanto assim? Queria ter sido qualquer coisa, mas não isso aqui que vos fala!
Vai mal isso aqui que vos fala.

Meu Palco. Meu Mundo.




Às vezes quero ser como os outros,
mais digno de minha própria atenção
Determinado, sempre consigo
Simpático, sei mentir
Ingênuo, faço minhas caras.
Bonito, dizem (?)
Íntegro, não

De repente, existo
e sou esse turbilhão de sentimentos (falsos)

De repente,
eu não existo
Não existo
eu?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Lua, aqui vou eu!

Já deve ter havido momentos em sua vida em que tudo o que você queria era desaparecer. Ou no mínimo ir para o espaço sideral, um lugar onde ninguém te incomodasse, onde tudo fosse paz e sossego.
A tecnologia ainda não permite viagens espaciais a baixo custo. Hoje, ir para lua gira em torno de [míseros] 100 milhões de dólares. [o.Õ] Como esse provavelmente não é o saldo bancário de nenhum visitante do meu blog então eu tenho uma dica infalível para quem quer sentir o gostinho de estar no espaço, ou no mínimo ter uma parte de você por aquelas bandas. Não, não é um novo software avançadíssimo. É algo muito mais realista.
A NASA acabou de lançar o programa “Mande seu nome para a Lua”. Eu explico.Trata-se de um programa de relações públicas da gigante em que qualquer um pode mandar seu nome para o espaço. Os nomes serão cadastrados num banco de dados que será gravado em um microchip que vai ser mandando ao espaço através da missão Lunar Reconaissance Orbiter (LRO).
O objetivo da missão é basicamente identificar e selecionar novos lugares para o pouso de futuras missões tripuladas e reconhecer recursos naturais lá no nosso satélite.
Gostou da idéia? Então participe. Basta clicar aqui e informar seu nome e sobrenome. As inscrições vão até 27 de junho! Uma coisa legal é que você ganha um certificado em formato PDF com seu número de participação.
Segue um vídeo, aparentemente feito pela NASA, em que você pode ver por onde andará o seu nome e outras informações sobre a missão (em inglês).
O meu nome já está pronto pra ir à lua. E o seu?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Deus e Eu. Via Banda Larga.

Ultimamente estou morando próximo a uma igreja protestante e de forma alguma tenho alguma coisa contra tais religiões. Claro, não sou nenhum anjo de candura e já me peguei falando mal deste povo de Jesus mais de uma vez. Principalmente ao acordar, num belo domingo de manhã, com as infernais cantorias, que segundo [São Matheus] meus cálculos, podem ser ouvidas até mesmo em Júpiter.
Às vezes me pergunto o porquê desse louvor tão imenso como se Deus estivesse na Bósnia resolvendo alguns assuntos mais importantes. Soam-me quase como pessoas desesperadas, em busca de uma coisa que nunca poderam ter. Como se paz de espírito fosse tão impossível assim de conseguir. Parece-me que quando fazemos do jeito que eles fazem colocamos a felicidade lá, bem longe da gente.
Não sei vocês, mas eu e Deus temos uma relação muito mais direta. Morram de inveja: eu sento todos os dias frente a frente com Deus e temos conversas ótimas. Ele é um cara muito espertinho e está sempre me ensinando coisas fantásticas sobre si mesmo e o mundo. Minha conexão com Deus já passou da geração dial-up. Minha conexão com Deus é banda larga. Bem larga.

Alguns devem estar se perguntando, mas como assim? Ensina-me! Também quero! Também quero conversar com Deus! Também quero ser feliz! Daí eu vendo a tecnologia. Estou ficando milionário. Mas a minha moeda é um pouco diferente da usual. Minha moeda é contabilizada em barras de sorrisos, que valem mais do que dinheiro.
Acredito que todas as vezes que ficamos bem felizes, mas bem felizes mesmo, ficamos então com Deus. Por que Deus é um cara que só quer me ver feliz. É como se Ele fosse uma energia que quanto mais feliz eu estou, menos invisível e mais forte é. E vejam só, está o tempo todo dentro de mim.
Sim, eu e Ele temos uma relação muito direta. Uma relação vital, uma relação de coração, uma coisa muito, mas muito, próxima. E se eu sou capaz de fazer alguém sorrir, então eu recebo aí toda essa energia multiplicada como feedback.
Mas isso não é religião, isos é só doutrina. Ainda que assim pareça um paradoxo para mim é isso mesmo. Para mim tudo isso são valores, mas não valores de uma religião em si. São valores de mim mesmo para mim mesmo.
Sobre os meus vizinhos protestantes (e como protestam!), deixo-os lá, em paz com eles mesmos. Afinal, acima de tudo, Deus é multifacetado e cada um pode buscá-lo a sua maneira.
O que importa é que saiba que ao pôr a minha cabeça no travesseiro, vou dormir em paz. Ainda que continue acordando cedo, aos domingos pela manhã.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Respiração Vegetal Humana

Você já deve ter ouvido (ou falado) aquela famosa frase: “Eu morro e não vejo tudo...”, típica de senhoras de 76 anos e 11 meses de idade que acabaram de conhecer o telefone celular e/ou a internet. Ou a junção dos dois em um só. Pois bem, sinto muito, vou ter que cair no clichê dessa frase pra fazer o meu post de hoje.
Eu morro e não vejo tudo! Estava eu, bem feliz navegando pelas páginas de web, pegando altas ondas quando me deparo com um tópico num fórum que acabei entrar que me deixou bobo, o tópico.

Curto e grosso: Folha de grama cresce em pulmão de bebê chinês”. Pensei: “Ok, uma piadinha, uma imagem engraçada, uma nova sensação no Youtube!”, mas não.
Era isso mesmo: o apocalipse, o fim dos tempos. Grama
começou a se desenvolver no pulmão de uma menina de apenas 10 meses! Os médicos descobriram o fato quando a menina foi internada com sintomas de pneumonia. Mandada para um hospital universitário na capital da província em que morava, foi diagnosticada com piopneumotórax. Não sei o que é, mas, com esse nome, deve matar.
Durante a cirurgia a que foi submetida, os médicos tiveram uma grande surpresa. Mas também pudera, havia um pedaço de grama de três centímetros no pulmão da m
enina, né?
A grama foi removida, e a menina se recupera bem. Os pais disseram qu
e a folha é muito parecida com a folha da grama em que a menina costuma brincar em casa. Os médicos dizem que é possível que a semente tenha entrado por vias aéreas e que tenha achado o pulmão um bom lugar para se desenvolver.
Eu adorei o “é possível” dos médicos. Ok, entendo que eles não podem sair afirmando nada assim tão sim senhores, mas qual a segunda opção? Mutantes? o.O
Se for, quero viver pra ver/conversar/ser um.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A Ditadura Em Cada Um

Ditadura, estive pensando, existe tema mais batido do que esse? Claro, desde que o leitor assíduo se lembre do quanto já leu sobre eutanásia, aborto, drogas, feng shui e, porque não dizer, a celebrizada vida alheia.
Segundo um antigo amigo meu, Aurélio, ditadura é: “um sistema político em que o poder se concentra nas mãos de um indivíduo, de um partido ou de uma classe e que suprime as liberdades individuais; excesso de autoridade”. Tal qual não foi a minha surpresa quando me dei conta que aquele assunto que estudei há tempos atrás assombra a sociedade até hoje.
Está na roupa que devo vestir, no cabelo que devo usar e no modo como devo me portar. Está, também, no fato de que eu não posso sair de casa em liberdade já que estou constantemente correndo riscos de assalto ou seqüestro. Está no pensar que não devo pensar, pois se penso, logo existo, crio problemas para pessoas do alto escalão do poder político. Não devo pensar nas coisas da vida. Pois eu digo que penso. E falo. Mas se não falar tudo o que penso, foi culpa da censura.
Não tenho como dizer que não moramos em uma sociedade cujo regime é ditatorial, alguém dita leis que devem ser seguidas à risca sem “reclamações”. E se reclamar...
Fico, pois, em silêncio para lembrar que, supostamente, deveríamos viver em uma democracia, e temos, na câmara, “empregados” que pagamos com parte do nosso salário para fazerem o que nós “mandarmos”. Sim, eu sei que é estranho pensar nesse sentido a princípio, mas não é preciso muito raciocínio para perceber veracidade em tal novidade. O que são Prefeitos e Vereadores senão pessoas eleitas pelo povo e para o povo?
Sabe o que mais me irrita nessa “pseudo-ditadura” (e esse é um termo pessoal) vivida em nossas cidades? É que esse tipo de sistema só se fixa por causa da conformidade do povo! Ninguém se revolta: “ta tudo bem assim”, “amanhã eu faço alguma coisa”, “eu sozinho não vou mudar nada” e “esses políticos ladrões...” são pensamentos típicos da população que não acrescentam nada à luta por uma sociedade mais justa. Todo mundo acha que tem que mudar, mas ninguém pára de assistir TV para tentar pensar como pode efetivamente ajudar. Se ainda não pensou em nada que possa fazer para mudar de alguma forma a sua civilização, deixe-me apenas refrescar sua memória com idéias que não estão muito além do que está ao seu alcance.
A próxima vez em que ouvir falar de um protesto, e concordar com as idéias do mesmo, não se acanhe em divulgar o horário e o local desse. Ruminar, como um animal, que várias pessoas não foram trabalhar nesse dia, não auxiliará em nada, e ainda lhe acarretará uma ruga ou outra.
Se não tiver nada para fazer, leia um jornal, e, por favor, não pule a página de política porque não quer se estressar hoje. É obrigação de cada um se manter informado sobre o que está acontecendo no palácio do planalto, uma vez que tudo o que acontece lá está intimamente ligado ao imposto que paga. E não é pelo dinheiro que aconselho que faça isso!
Quando encontrar afinidades com assuntos tratados em assembléias legislativas, levante-se, de onde quer você esteja, e vá assistir, é seu direito saber o que pode vir a acontecer em sua vida!
Acima de tudo, não seja mais um ditador de regras por si só! Não se importe se alguém não tem o cabelo adequado à ocasião, ou se tal pessoa não está bem vestida. Não suprima as liberdades individuais! Deixe ser, deixe estar. Ou como leu, e me disse Morgana, amiga minha, há alguns dias: “Grandes inteligências discutem idéias; Inteligências médias discutem acontecimentos; Inteligências pequenas discutem pessoas”.
Agora você tem duas opções: fingir que leu essa crônica ao acaso, que ela não significou nada para você, e que agora sua prioridade é fazer bandeirinhas para torcer pelo Brasil na copa do mundo. Ou torcer por um Brasil, pensando em quem (e por quê!) votar em outubro próximo. Questão de eleição.

domingo, 11 de maio de 2008

Dança do Quadrado

A internet é realmente uma grande mãe acolhedora de todas as pessoas. Gêneros e estilos se mesclam nessa imensa rede mundial, que em um instante podemos pesquisar sobre o fenômeno de ressonância (em breve) e em outro estaremos assistindo um vídeo super engraçado. Pois foi o que aconteceu comigo dia destes.
Depois de um fim de tarde agradável reunido com amigos, um de nós (não me lembro quem) sugeriu que viéssemos até este computador para procurar vídeos engraçados. É assim que a gente se diverte no século XXI. Cada um lembrou de um bom vídeo que tinha assistido em outra ocasião e nos partimos de dar risada com vários vídeos hilários. Mas tem sempre um que se destaca, e é sobre isso meu post de hoje: a dança do quadrado!



Todo mundo já deve ter ouvido falar em Kibeloco, responsável por vários vídeos, imagens, paródias e charges engraçadas da nossa querida internet. Pois eles são os responsáveis por esse outro vídeo fantástico.
A cantora, Sharon, é uma animadora de festas. A batida é de funk. A letra é... nonsense. E o pior é que pegou! Fiz pesquisas e descobri que a dança foi inventada como uma brincadeira por estudantes do interior paulista e já está rodando o Brasil. De carnaval baiano a Caldeirão do Hulk!
Confesso que já estou contagiado pela letra da música e várias vezes me pego dançando e cantando pelo apartamento. Meu apartamento virou um quadrado! Ou um ovo?
Um abraço pra quem é de abraço e um beijo pra quem é de beijo.

sábado, 10 de maio de 2008

Mundo Mudo




Eu mudo,
não como muda o mundo,
mas mudo
cada vez mais mudo.

Eu mudo o mundo mudo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Meu Cérebro e Eu


Tenho um cérebro muito traiçoeiro, durante o dia tenho orgasmos de criatividade, escrevo textos mentais maravilhosos. Basta ficar quietinho e num instante toma forma um teclado imaginário na minha frente e eu começo a digitar e digitar e digitar... mas nunca fica registrado. Acredito que tudo o que pensamos devia ser digitado por uma máquina ultra-mega-moderna, porém a tecnologia é tão incapaz às vezes, fico frustrado.
Ontem, estava eu feliz no ônibus pensando em política e toda uma tese se desenvolveu no meu cérebro através de várias sinapses de formatos diversos. Sentei no computador pra escrever, nada aconteceu. Não tinha as palavras certas. Conversei com meu cérebro (egoísta), mas não teve papo, não lembrei. Pensei: deve ser falta de lactose. Fui tomar café.
Chame de orgulho, de amor próprio ou do que quiser, mas eu não podia perder para o meu próprio cérebro, entende? Voltei. Fingi que estava lidando com outros assuntos da minha vida particular, que nada estava acontecendo, assoviei e assim que meu cérebro deu uma brecha corri para dentro da minha memória procurando por todos aqueles textos perdidos.
Eu tinha tudo planejado: pularia as memórias de infância e chutaria num só golpe de karatê (que vi num filme) os rancores e os ressentimentos, passaria voando pela memória permanente e entraria no campo minado da memória recente. Ali, eu ficaria em total silêncio buscando meus preciosos bons textos.
Não deu certo. Tropecei nos ressentimentos e fiquei grudado na memória permanente. Me desvincilhei de Bhaskara (a fórmula), alguns preços de coisas diversas e da chave certa para abrir o portão e não o cadeado da janela. Corri, mas não alcancei.
Declarei-me derrotado e voltei a pensar na minha falta de criatividade.
Hoje de manhã, bastou entrar no onibus e tudo veio à tona.
Já esqueci.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Julgamentos Refletidos


Já vou deixando todas as hipocrisias de lado e, deliciosamente, admitindo: eu também julgo. Se não o fizesse esse texto não faria o menor sentido. O que é o texto se não passar para o papel (no caso, para a virtualidade) as percepções subjetivas sobre determinados fatos? Julgar.
De uma forma geral, sempre julgamos as situações e as pessoas que nos ocorrem a partir da nossa realidade. Mas se cada um tem uma história e considerando (sem muito esforço mental) que TODAS essas histórias são diferentes entre si,então todas as realidades são diferentes. Logo, a nossa realidade de nada vale na hora de julgar o que aconteceu na realidade alheia.
Enfim, todo julgamento é errado a não ser que tenha partido de mim para mim mesmo. Aqui eu paro e reflito um instante, e ao fazer isso, percebi, refletir é um julgamento que parte de mim para mim mesmo. Então, refletir é o único julgamento válido.
Não sei se vou conseguir levar isso pra vida, mas que nas próximas vezes que for dar a minha opinião, antes de tudo eu possa, ao menos, refletir.